De volta ao Conservatório

No início da tarde recebi uma notícia que – ao que tudo indica – será a melhor da semana: fui aceito como aluno do curso de extensão em flauta transversa do Conservatório de Música da UFPEL. Minhas aulas começam, na pior das hipóteses, semana que vem!

O Conservatório me traz excelentes lembranças. Foi lá que, ainda piá, tive minha iniciação musical. Eu já lia música, mesmo incipientemente, e tocava um pouco de órgão (minha irmã mais velha foi minha professora). Mas a iniciação no Conservatório tinha mesmo ênfase em flauta-doce. A partir de então é que me dediquei por anos a fio ao estudo da flauta-doce, estudando depois com professores particulares e, até uns anos atrás, com uma rotina bem disciplinada de estudo.

Já adolescente voltei ao Conservatório para estudar violino… um tempo inesquecível da minha vida. As aulas eram em grupo, nada produtivas, mas a minha paixão pelo violino (e pela novidade) me fizeram persistir, primeiro no Conservatório e depois com um professor particular. O sonho durou até que eu não agüentei mais as críticas do meu professor… ao meu violino. Era um instrumento pobre, que mais me limitava do que colaborava. O professor era excelente, e um ótimo amigo, mas espirituoso demais – e a precariedade do violino se prestava a piadinhas. E eu não tinha, à época, dinheiro para um Stradivarius… O professor, para piorar a situação, foi embora para o Mato Grosso do Sul… Desmotivado por essas e por outras, acabei deixando de lado o violino.

Participei ainda de coros, por bastante tempo. Cantei no coro da Igreja São João, e anos mais tarde vim até a reger o coro da Igreja São Lucas. Mas, quando comecei a estudar Economia à noite, precisei largar ambos. Também já compus algumas peças sacras para coro, mas isso requer muita inspiração e transpiração que minha agenda corrida não permite. Ó vida…

Resolvi não faz muito tempo retomar a paixão pela música na minha vida ( não digas que eu não avisei). A flauta-doce é um instrumento de sonoridade belíssima (opinião, claro), mas tem sido muito deixada em segundo plano (já essa constatação é bastante objetiva e difícil de negar). O grupo de música antiga do qual fui convidado a participar anos atrás continua apenas projeto… E os meus amigos pianistas-potenciais-acompanhadores se mudaram (um, para Porto; outro, para o Rio)… Sobram poucas oportunidades de tocar.

Foi percebendo isso que resolvi investir na flauta-transversa, na esperança de ter mais facilidade, mais tarde, para tocar em algum grupo, seja na Igreja ou no Conservatório. Por causa das greves na UFPEL, demorou a sair essa vaga no curso de extensão. Mas finalmente saiu. E, finalmente, estou voltando ao Conservatório…

7 ideias sobre “De volta ao Conservatório

  1. bruno

    Congratulações, conservatório, por ter selecionado o Martin!Ótimo, agora é só torcer pra que greves não atrapalhem. abraço e…vai que é tua 😀

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  2. Angelica

    concordo com o Bruno! heheheah.. qto à São Lucas, t vi uma vez na Reconciliação com o pessoal da SL.fiquei muito feliz com a noticia! td d bom pra tih!:* abraço!

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