Fiquei tão feliz comigo mesmo depois do meu último post, em que finalmente consegui publicar algo a respeito de um assunto totalmente aleatório – mas a minha alegria se esvai hoje, porque não posso mais resistir à inquietação que tenho desde ontem por escrever sobre um assunto conexo ao do último post. Não adianta, eu sou mesmo uma pessoa temática. E o meu blog segue meu padrão. A verdade é que uma coisa leva a outra: escrevo sobre um assunto e, por isso mesmo, acabo refletindo mais profundamente sobre assuntos afins. Ficou para outro dia a façanha de publicar neste blog posts solo, sem cada vez dar início a uma seqüência ou novela.
Sábado eu fui a uma festa de aniversário de uma colega da Economia. Ela é uma guria muito querida, e tal, e os colegas também são muito legais, e tal. Fui convidado e não pude deixar de ir. Mas foi aos moldes dos churrascos da turma. E os churrascos da turma (tanto no Direito quanto na Economia) têm moldes que me irritam.
Não é porque não sei dançar pagode (!) nem porque não gosto de cerveja (!) nem porque não vou a festas pra caçar ou ficar (!) nem porque sou vegetariano (explosão!). Estaria muito feliz em uma festa, sem dançar nem beber nem caçar nem me alimentar – pra mim vale por si só a socialização. Eu sou uma pessoa socializante. O problema está no contexto. Não é meu tipo de diversão, nem de socialização. Prefiro muito mais jogar conversa fora com colegas e amigos – ou jogar algum jogo de tabuleiro – ou jogar boliche – ou ver um filme – ou sair pra comer uma pizza ou um queijo-quente do Sanata (essa é só pra pelotenses!). O que me importa é que todos estejam sóbrios. Taí um grande problema meu: sou um dos poucos que se colocam contra a ebriedade em um meio de pessoas que não estão nem aí e que acham que o bom, mesmo, é ficar bêbado, borracho, pra lá de Marraqueche.
Um tempo atrás eu desisti: simplesmente deixei de ir a churrascos de turma. Assumi que a coisa não faz minha cabeça. Mas existe a insistência… Tem vezes que não resisto à pressão e vou – e fico lá, perdido. É tudo muito vazio de sentido, superficial, alucinado. Chega a ser um mundo paralelo cheio de vazio. Não se encaixa na minha lógica. No fim das contas eu acabo voltando, desgastado, aos meus desgostos.
Ufa! Não to mais me sentindo o único ser vivo do mundo que se sente deslocado em festas e churrascos de turma! 😛 (a única diferença é que sou semi-vegetariana — carne branca ainda vá — o resto é tudo igual) 🙂
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oi martin…concordo plenamente… me sinto totalmente deslocado, pq os caras se transformam, e acham a graça do churrasco ficar bebendo e fazendo coisas do tipo.. quer saber? decidi não ir a nenhum churrasco da turma… e não me arrependo…t+
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TOBIAS comentando o blog é um eventooo! :DPois é, amigo, tô na mesma situação. Desisti, larguei de mão. E também não me arrependo no sentido de que não é isso que eu quero pra minha vida, mesmo… Não é esse tipo de diversão. Mas o que eu sempre acho é que a gente perde de conviver. Eu muito queria que os encontros fossem mais saudáveis; seria tri. Pena que não são…
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Poisé.. Comigo acontece o mesmo! Na última janta que EU FUI o pessoal chegou pra mim no outro dia “Bah… perdesse a festinha!!” ¬¬ td bem… fazer o q… a bebida só atrapalha mesmo
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Pessoal, sem querer contrariar os comentários, mas eu sinceramente acho interessante o estado de embriaguez (em momentos raros e especiais, é claro), mais precisamente naquele ponto em que a nossa imaginação fica a mil e não paramos de falar um segundo. O problema desses churrascos (pelo que vejo, todos nós sabemos como são) é justamente esse clima “curtição, pegação, ficação”, um ritual imbecil que limita a nossa capacidade de convívio social.
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concordo com o bruno, hehe. na verdade acho que há momentos e momentos… tenho amigos que bebem até fazer bico e outros que não colocam uma gota de álcool na boca, muitos deles até que convivem em paz… mas concordo também que se tu és o único que não compartilha das mesmas coisas que o grupo em questão, fica complicado.e eu achei que era a única pessoa que curtia jogos de tabuleiro! o/war I?jogo da vida?detetive?banco imobiliário?scotland yard?onde está carmen sandiego?tô dentro! 😀
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A minha imaginação está sempre a mil e eu não paro um segundo de falar, especialmente quando estou alegre e me divertindo em uma festa. Acho que sou ébrio por natureza. 😀
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mil, dois mil ou três. Tudo proporcional à capacidade criativa do indivíduo 😉
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