Edwards v. McCloskey

Edwards v. McCloskey é o caso que estou estudando agora. Prometo que é interessante. Também garanto que não é falta de ética profissional minha revelar os detalhes.

O argumento de Edwards é o seguinte:

What the reader needs in [an] umbrella section is a road map of the organization to follow.” (Edwards, Legal Writing and Analysis, p. 113)

“O que o leitor precisa em uma seção guarda-chuva é um roteiro [literalmente: mapa do caminho] da organização que seguirá.” (Traduzi así nomás.)

Por sua vez, McCloskey argumenta:

The table-of-contents paragraph is an abomination to the Lord thy God. […] You will never see it in competent writing. Weak writers defend it as a ‘roadmap’.” (McCloskey, Economical Writing: An Executive Summary, p. 240)

“O parágrafo-sumário é uma abominação para o Senhor, teu Deus. Nunca o verás num texto escrito de forma competente. Escritores fracos o defendem como um roteiro [literalmente: mapa do caminho].” (Traduzi así nomás.)

No papel de observador externo (aqui sou estudante), sem obrigação de manter imparcialidade (aqui não sou juiz) nem de defender um ou outro ponto de vista (aqui não sou advogado), e além disso escrevendo um post no meu blog e não um texto acadêmico ou jurídico (ou seja, aqui sou praticamente um estudante de férias!), sinto-me com total liberdade para expressar minha preferência pessoal categoricamente: sou pró-McCloskey (e não é de hoje).

Outro dia, quem sabe (pra deixar bem claro: não é um compromisso!), tiro um tempinho para refletir e escrever mais aprofundadamente sobre a questão de fundo desse caso: é possível conciliar o aprendizado de técnicas americanas de escrita jurídica sem renegar princípios de redação mais abrangentes e aparentemente mais razoáveis?

P.S.: Fala sério, vou ter que fazer um disclaimer: o caso que menciono aqui é uma obra de ficção. Poderia dizer que não é ficção, porque o dilema é real, mas digo que é ficção, sim, porque eu é que tive a ideia de apresentar o dilema como se fosse uma disputa judicial. Enfim, deixo claro que meu caso fictício é mesmo fictício e nada tem a ver com o “caso da vida real” Edwards v. McCloskey Motors ou qualquer outro em litígio por aí afora…

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