Semanão

Pelo tanto que li e estudei esta semana (tanto, aliás, que nem postei no blog, como se pode observar), nem parece que a semana teve só quatro dias. Mal voltei de um feriadão em Albany e já quero férias.

O nível de exigência aqui na NYU Law é altíssimo, muito além de qualquer das minhas três (!) experiências acadêmicas na UFPEL. Em vista disso, às vezes penso que era mil vezes melhor estar em uma cidade totalmente sem graça – assim, pelo menos não sentiria tanto remorso como agora, estando em NYC e nem sempre podendo aproveitar tanto quanto gostaria.

Mas não posso nem vou me queixar. Primeiro porque estudar na NYU é um sonho realizado, e segundo porque até a meteorologia tem colaborado comigo: tem feito dias horríveis. 😛 Além disso, a própria mudança de estação está vindo a meu favor (ou melhor, a favor do meu confinamento nos estudos): aos poucos já se podem sentir os primeiros sinais do outono. Cada dia anoitece um pouquinho mais cedo; cada noite é um pouco mais fria que a anterior.

Há também constatações meteorológicas e climáticas bastante divertidas. Ontem, por exemplo, cheguei a uma conclusão bastante óbvia, mas muito importante: aqui, o minuano vem do norte. Ainda mais divertido foi ouvir uma colega carioca se queixar do frio hoje de manhã (16 graus Celsius). Só pude sorrir e dizer, “hã? frio?”. Espero que ela se prepare, porque a tendência por aqui não é ficar muito mais quente até o fim do ano…

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Acontecimentos importantes da semana: comprei ingressos estudantis para três concertos no Carnegie Hall. Também vou assistir à peça Othello (de William Shakespeare) aqui no teatro da NYU. Com isso ficou garantido o calendário cultural da temporada 2009-2010.

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Acontecimentos menos importantes da semana: hoje, 11 de setembro, enquanto NYC relembra com tristeza e respeito o atentado de 2001, a International Law Society da NYU deu uma festinha de boas-vindas para integrar JDs (“graduandos”) e LLMs (mestrandos). Tá, meio sem noção a data do evento, mas fui; estava legal.

Aí voltei pra casa, e minhas vizinhas do 702 estavam dando uma festinha pra integrar a galera toda do sétimo andar. Elas tinham me convidado, mas não sou muito a favor dessas programações americanóides, que incluem desde conversas de bêbado até comas alcoólicos. Só pra se ter uma ideia: quando saí do elevador no sétimo andar, já senti o hálito etílico da horda que se ajuntou no 702. Bah, a única coisa que fica pro dia seguinte é a dor de cabeça. Não vale a pena.

Eu, mestrando em Direito e em indiferença (esforços de socialização tem limites bem estreitos pra mim), fui lavar roupa (embora hoje não tenha estado tão lindo na cobertura-lavanderia, porque o Empire State está em meio às nuvens de chuva). Agora vou dormir no meu quarto com cheirinho de roupa limpa.

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