10 de junho de 2010: 430 anos da morte de Luís de Camões. (Feriado nacional português!) Na adolescência eu sabia de cor vários sonetos de Camões. Infelizmente, minha memória aos 25 não é mais a que era aos 15: não me lembro de nenhum…
Amor é um fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói, e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.
É um não querer mais que bem querer;
É um andar solitário entre a gente;
É nunca contentar-se e contente;
É um cuidar que ganha em se perder;
É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata, lealdade.
Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?
(Luís de Camões – outros sonetos aqui)
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
CurtirCurtir