Nada de Chapeuzinho Vermelho, mas fui passear no Bosque. Já mencionei por aqui que a cidade de La Plata tem ao norte um Bosque urbano, onde há alguns prédios da Universidad Nacional, o Museo de Ciencias Naturales, o Observatorio, os dois grandes clubes de futebol… e também o Jardín Zoológico y Botânico, que fui visitar.
Ah que nojo, mas agora já conheço três zoológicos estrangeiros: San Diego, Montreal e La Plata. E que ninguém venha dizer que zoológicos são todos iguais, porque não são – cada um tem suas particularidades, ou pelo menos em cada um deles acontece algo que permanece na memória do visitante. O estadunidense me marcou porque era enorme. O canadense, porque era imprevisível. E o argentino… por causa de um incidente cômico.
Ao longo de todo o passeio, todas as placas estavam ao contrário, de modo que tinha de voltar-me para trás para ler o nome do animal que estava vendo. Na verdade, e isso deve parecer já bastante óbvio a essas alturas, eu é que estava ao contrário. Depois de percorrer todo o jardim é que finalmente vi (bem escondidinho, ressalto) o sinal que indicava o início do trajeto – apontando para o sentido precisamente oposto àquele em que me conduzia. Mas não me fez mal; ao contrário, fiquei rindo sozinho.
Por fim, antes de ir-me, dei mais uma volta rápida pelo jardim – desta vez, no sentido recomendado pela placa – para verificar se tinha visto tudo. E uma partezinha um pouco sádica de mim, devo admitir, ficou feliz ao ver que várias outras pessoas cometeram o mesmo erro que eu.