Com este post eu finalmente concluo a temporada de viagens de março! Depois de Genebra, Berna, Arusha, Amsterdã e Paris du Nord, a última escala foi na París del Sur: ¡Buenos Aires!
Gosto muito de Buenos Aires e sempre me alegro em voltar. Minha última viagem pra lá tinha sido a trabalho, em agosto de 2014, quando também revi alguns pontos turísticos, vivenciei uma autêntica milonga e fiz uma visita guiada ao Teatro Colón. Em março deste ano, fui de novo por conta do imperdível casamento de Enrique e Lucrecia (aqui citados).
Cheguei num domingo pela manhã, com mau tempo.
A Sabrina, minha colega de trabalho que mora em Buenos Aires com sua família, gentilmente me acolheu em sua casa nos primeiros dias — enquanto eu, hóspede horrível, trabalhei 8h por dia. Mesmo assim, graças ao meu horário maleável e à hospitalidade criativa da Sabrina e sua família, consegui curtir um pouco de Buenos Aires.
Numa volta de bicicleta, passamos pelo Palacio Pereda, construído na década de 1920, que desde 1945 é residência oficial do Embaixador da República Federativa do Brasil à República Argentina. Ali perto também fica Palacio Ortiz Basualdo, de 1912, que em 1925 foi residência de Eduardo VIII, Príncipe de Gales, e desde 1939 é sede da Embaixada Francesa.
Outro dia voltei ao Teatro Colón, não para uma visita guiada, mas para um espetáculo de ballet! Uma amiga da Sabrina que tinha ingressos de temporada não pôde ir ao espetáculo — e eis que, de última hora, tive a oportunidade de adquirir o ingresso dela. Se o teatro já é incrível na visita guiada, tanto mais em funcionamento!
Quando escrevi sobre a visita de 2014 a Buenos Aires, comentei que o “gostinho de quero mais” ficou por conta do Palacio Barolo, na Avenida de Mayo: é o mais antigo edifício construído em concreto armado na Argentina, obra do arquiteto Mario Palanti. Quando concluído, em 1923, era o edifício mais alto da América do Sul, com 100m de altura. Comentei que gostaria de fazer a visita guiada — e a Sabrina gostou da ideia!
A partir do 14o andar, o mais alto do Purgatório, subimos uma escada (cada vez mais) estreita através dos andares da torre (o Céu) até o 22o, onde fica o farol, com vistas privilegiadas para a cidade de Buenos Aires.
Na sexta-feira tirei folga e fui para San Isidro, na Grande Buenos Aires, para o casamento de Enrique e da Lucrecia. Foi muito bom rever meu hermano — que há uma década conheci no Canadá —, ajudar nos preparativos do casamento e entregar a ele os chocolates que tinha trazido de Genebra (via Arusha, Amsterdã e Paris). E me diverti muito ficando hospedado com a Vir, mãe do noivo, minha Mamá greco-argentina desde 2007, que morou na Grécia por um tempo e faz pouco se mudou para o Chile. E me alegrei também por ver depois de anos a Alejandra, irmã do Enrique, e conhecer o marido dela, Jean — eles moram na África do Sul.
O internacionalismo não é provocado. Acontece espontaneamente. 🙂
Depois de três intensivas semanas em três continentes, voltei enfim — sem mais escalas — ao Porto que convencionei chamar de casa.