Cedo preparei a mochila e fui à estação terminal de La Plata, onde me encontrei com Mae, minha colega de trabalho na Fundação. De lá, pegamos o Plaza para Buenos Aires. Pela primeira vez, fui até o fim da linha do ônibus. Ali, depois de uma meia hora de idas e vindas e desencontros, finalmente nos juntamos a Patricia e Evangelina, duas gurias que participam da ABUA. Na estação Retiro, pegamos o trem para Tigre.
Fui com o trem “proletário”, linha Mitre, que custa uns 2 pesos ida e volta. É barato para um trajeto de quase uma hora entre os extremos da linha, mas já ouvi comentários de que talvez não seja muito seguro para turistas, ou em geral pessoas que não têm pinta de argentino – como é o meu caso! De qualquer forma, talvez por estar acompanhado de argentinos, não tive nem vi problema algum. Numa próxima oportunidade quer ir pelo turístico Tren de la Costa, que custa dez vezes o preço do Mitre, mas passa bem perto do Rio da Prata e tem uma vista linda. Dizem.
Aos poucos foram se agregando mais estudantes da ABUA ao grupo. Primeiro, Ariel e Alejandra, ainda no trem; já em Tigre, Jaqueline. Com o grupo completo, saímos para caminhar à beira de um dos rios. A cidade de Tigre fica no delta do Rio da Plata e, por sua localização privilegiada para o remo, desde o século XIX concentra inúmeros clubes do esporte. Tem uma arquitetura bastante antiga e de marcas européias.
Depois do almoço, estendemos toalhas e colchas e nos sentamos sobre a grama de um belo parque em frente ao restaurante. A sombra fugia de nós e o esforço para evitar o sol forte era constante (eu, branquelo, com meu bloqueador de fator 30, por óbvio). Ali nos quedamos por um tempinho, conversando e nos conhecendo melhor. Ainda passeamos por uma feira de artesanato desproporcionalmente grande. Seguro que todos la pasamos bien. As fotos comprovam.