Acordei com toda a disposição e fui a Buenos Aires. O calor na Capital Federal pode ser insuportável, mas tive sorte: o dia estava perfeito para passear. Além do mais, nem podia acreditar: Buenos Aires em um dia útil! Passeei pelas livrarias na Avenida de Mayo. Tem muita velharia e é difícil encontrar qualquer coisa que se tenha planejado comprar. O esporte (em que ainda não sou craque) é ver os livros um por um e tentar achar alguma preciosidade.
Comprei três livros. Um deles, sugestão de meu amigo Enrique: “Martín Fierro” (José Hernández). Outro deles, sugestão de um dos livreiros: “Don Segundo Sombra” (Ricardo Güiraldes). Os dois são clássicos da literatura do gaúcho argentino. O terceiro não foi sugestão, mas intuição. “Buenos Aires con ganas” (Pablo Babini). Quando bati o olho no título, gostei, porque traduzia exatamente a forma como me sentia. Então li a primeira linha: “Sí, che, nací porteño…”. Pensei: já basta – vou levar!
Depois fui encontrar Mike, o canadense que entrou em contato comigo ontem. Tínhamos combinado de nos encontrarmos em um lugar óbvio, para não complicar – Plaza de Mayo em frente à Catedral Metropolitana. O detalhe é que o lugar, talvez por ser óbvio demais, estava cheio de gente. E se achar um desconhecido já é difícil, achar um desconhecido em meio a muita gente desconhecida é quase impossível. Esperei quase meia hora – e nada. Tive de ir a um locutório ligar para o celular do canadense para que pudéssemos nos encontrar. Quando finalmente nos enxergamos, fomos almoçar. O tipo é muito legal, fala vários idiomas e está interessado em trabalhar com mudanças climáticas.
Almoçamos e nos despedimos. Dali fui ao Museu do Cabildo e ao Museu Etnográfico e Arqueológico. E depois, a La Boca. Caminhando. Quando contei isso aqui na pensão, ninguém quis acreditar, porque digamos que La Boca é meio… boca braba; não a Calle Caminito, a parte turística, mas sim o caminho até lá. Mas tudo bem, sobrevivi. E conheci La Boca (foto).
Voltei à Avenida de Mayo e fiz uma merienda tardia em Havanna. Não me refiro, por óbvio, à capital de Cuba, mas sim a um café onde vendem doce de leite, alfajores e havannets de fabricação própria – deliciosos, aliás. Não fui ao Café Tortoni, como tinha planejado… mas é certo que vou. Promessa é dívida, já disse.
Antes que escurecesse e eu virasse abóbora, fui à Avenida 9 de Julio e peguei o bendito micro de volta a La Plata. Até comecei a ler “Buenos Aires con ganas” no ônibus, mas estava tão cansado que acredito que em dez minutos já estava dormindo profundamente, talvez até babando, de tão cansado. E se justifica. Tinha visitado Buenos Aires con ganas.
Hum, os dois primeiros nos temos. O Mateus ama de paixão. O “Dom”, foi o Nescau quem deu. O terceiro é que ficamos curiosos. Vai contando tudo, que no inverno, queremos passar umas férias em Buenos Aires. Descobre um lugar barato para ficarmos e demais dicas de coisas legais…Bj, continua contando tudo.Fabi
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Sempre eh uma diversão pra mim acessar teu blog…Meu irmão, Diego (lembras?), vive falando desse livro Martin Fierro… um dia aida dou de presente pra ele… hehe… ahh… e ele foi otro dia lah na São João… tomara q vah mais… :DE La Boca pode ser “boca braba”, mas nesse ângulo da foto está mto linda! Coisa de arquiteto isso… hahahahhaha…Bjaum amigo!!!!
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Martin!!!!Que surpresa assessar teu blog ela primeira vez e descobrir que tu estás andando por aí. Huhu!Ando meio sumida, mas ainda viva. E com algumas novidades: agora vou juntar os trapinhos! E de verdade! Melhor de três, hehehe!!! Estou tentando falar com teus pais e com a Lu, mas tu já ficas sabendo então que dia 22/09 tem festa em São Leo. Super beijo e tudo de muito ótimo e maravilhoso para ti.
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