Revelando o negativo da fotografia digital

Pra liberar espaço no meu laptop, inventei de fazer uma daquelas organizações profundas nas minhas fotos digitais – reclassificar, editar (reenquadrar, tirar olhos vermelhos, melhorar contraste e cor – esses ajustes básicos!) e depois gravar em CD. Sabe aquilo que se deveria fazer cada vez que se baixam novas imagens da câmera? Pois é: resolvi fazer isso, só que nas fotos dos últimos três ou quatro anos!

Depois da trabalheira, fiquei satisfeito. Agora minhas fotos estão organizadas cronológica e temática e neuroticamente (não podia ser de outro modo) e tenho mais espaço no HD. Por outro lado, fiquei com um pouco de raiva da fotografia digital – ou de mim mesmo por ter abusado dela. Passarei a primar por mais qualidade e menos quantidade de fotos. Ou seja, ficarei ainda mais neurótico. (E isso é mudar pra melhor?!)

Nesse embalo, aproveitei pra selecionar no site da produtora as minhas fotos de formatura (que foi há quase dois meses), e fazer o pedido, e procurar álbuns… Em suma, foram dias muito fotográficos; cansei a visão. Quero ocupações mais auditivas. (Ou gustativas – mmm…)

Uma ideia sobre “Revelando o negativo da fotografia digital

  1. SamiAguiar

    Tu não tens a impressão que, hoje, a reprodução fotográfica é banal, com todo mundo com sua câmera e zilhares de fotos nos pê-cês, coisa e tal? Sei lá, lembro das meninas da escola nos passeios de escola com suas camerazinhas, ganhadas ou emprestadas, tirando fotos e fazendo cartazes de cartolina.Tive, também, uma câmera; quando ela ficou de meu uso exclusivo, era ultrapassada há muito, mas ainda funcionava. A máquina não tinha flash próprio: colocávamos um MagiCube para retratar em ambientes internos, fora aquela alavanca para passar o filme, acondicionado em um cartucho inteiriço. Não tínhamos muitas condições de retrar=tar tudo, fotografávamos apenas o essencial, e o fazíamos duas vezes, “para garantir” a perpetuação daquela imagem num papelucho quadriculado, em que, algumas vezes, a casa que revelava punha até a data (mês/ano) da fotografia.Parece que temos a ânsia de deixar o mundo estático com as fotos; gosto dele assim, correndo pelos dedos, mas deixando uns restinhos da sílica nas dobras das falangetas, só pra contar que ele passou por nós. Só assim as fotos têm sentido: elas não são, elas estão sendo.Abraço!(PS: acho que vou pôr isso aqui no blog; no fim das contas, gostei! Hehehe!)

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