Depois de um longo intervalo (vamos pular a parte de apontar motivos e ir logo ao que interessa, ok?), volto a contar da viagem à Índia. Eu estava contando sobre meus passeios pelo estado do Rajastão, na série Rajastour 2013.
Os últimos posts foram sobre o primeiro dia do Rajastour, em que fiz a viagem de Mumbai a Jaisalmer via Jodhpur, e sobre o segundo dia, em que visitei o Lago Gadsisar e, em seguida, o Forte de Jaisalmer. Como são muitos os lugares e fotos interessantes, o segundo dia ainda terá dois posts, começando por este, em que contarei do passeio pelo bazaar e pelas havelis de Jaisalmer.
Bazaar é “bazar”, em bom português, mas prefiro usar bazaar porque um bazaar indiano significa algo bem diferente daquilo a que nos referimos com a palavra “bazar”. É uma palavra de origem persa que significa, simplesmente, um mercado ou uma área pública (na rua, mesmo) onde há bancas (às vezes com um aspecto de camelódromo) e lojas dos mais diversos bens e serviços.
Na Índia, os bazaars que conheci (começando pelo de Jaisalmer) são bem característicos, porque exemplificam traços da vida urbana indiana: o caos (gente olhando, comprando e vendendo; produtos expostos à venda por todos os lados), pechincha (tanto no sentido de preço baixo quanto no de negociação para chegar lá) e diversidade (de produtos e esquisitices).
Vi tanta coisa que não duvido de que se possa encontrar de tudo, mas há destaques evidentes: têxteis, temperos e… quinquilharias industrializadas (o aspecto camelódromo que mencionei).
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| Bazaar em Jaisalmer: de tudo um pouco, principalmente têxteis |
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| Segundo o guia turístico, bigode para cima + turbante colorido = hindu |
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| Segundo o guia turístico, bigode para baixo + turbante branco = muçulmano |
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| Pessoas, têxteis, comércio, caos |
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| Banca de venda de hortaliças, legumes, verduras |
Para terminar o passeio, visitei algumas das famosas havelis de Jaisalmer: são palacetes construídos principalmente no século XIX (embora ainda se encontrem havelis construídas recentemente, seguindo o mesmo estilo das mais antigas).
Os principais destaques das havelis são os jalis, sobre os quais já contei em outro post: as belas telas de treliça de pedra esculpidas no arenito. Elas protegem do sol forte, mas deixam entrar a brisa do deserto; também permitem que as mulheres muçulmanas vejam o movimento da rua sem ser observadas.
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| Estátua de elefante esculpido em arenito, em frente à Nathmalji Ki Haveli |
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| Nathmalji Ki Haveli decorada para um casamento |
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| Entrada da Nathmalji Ki Haveli |
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| Detalhe da Nathmalji Ki Haveli |
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| Cômodo dentro da Nathmalji Ki Haveli |
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| Cottage Gallery, onde fiz uma paradinha para comprar algumas lembranças em pashmina |
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| Chegando à Haveli Patwon Ki pelas ruas estreitas |
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| Fachada principal da Patwon Ki Haveli |
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| Havelis com sacadas projetadas sobre as ruelas |
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| Detalhe da Patwon Ki Haveli |
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| Bigodão |
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| Para o almoço tardio, Ker Sangri (feijão do deserto com alcaparras) e naan de manteiga |