2000: o ano que eu vim a chamar de UN year!

Gosto de quebrar a cabeça pensando… e se eu não tivesse feito isso? e se tivesse feito outra coisa? Na verdade, é impossível saber se este ou aquele acontecimento foram decisivos para a vida ser o que é. Outros caminhos poderiam ter levado ao mesmo lugar, vez que há diversos meios de atingir um mesmo fim.

De qualquer forma, as evidências indicam (ou: sou fortemente levado a acreditar) que aquela fome de concursos de redação mudou definitivamente o curso da minha vida. Parece ter feito com que eu trilhasse caminhos que de outra forma não seguiria. Depois do concurso sobre paz e não violência, da UNESCO, foi divulgado por algum professor do CEFET-RS um processo para selecionar estudantes brasileiros de ensino médio para participar da Conferência da ONU sobre Mudança Climática.

Os requisitos do concurso eram a resolução de uma prova de questões objetivas sobre o efeito estufa, uma redação sobre mudanças climáticas e uma entrevista em inglês. Foi uma correria de última hora. Tive cerca de uma semana para aprontar tudo – e bem depois do casamento da Carina, minha irmã mais velha, quando toda a família estava aqui em casa. Enviei por e-mail o questionário e a redação. Lembro que pedi dezenas de confirmações de recebimento: a internet era discada e parecia que não a mensagem não tinha sido enviada!

Foi quase uma descarga elétrica quando soube que haviam telefonado de Brasília, do Ministério da Ciência e Tecnologia. Fizeram por telefone a entrevista em inglês. Eu, formado no nível Avançado no ano anterior, estava mais fluente do que nunca. Fui selecionado. E lá fui eu, guri do primeiro ano do Ensino Médio, para uma Conferência da ONU na Holanda, por causa de uma redação sobre um fenômeno que eu passara a estudar algumas semanas antes…

Hoje não pode vir outra pergunta à minha mente senão: daonde?! Como é que isso foi acontecer comigo? A resposta é, naturalmente: tudo porque eu gosto (e então já gostava) de escrever. E se eu não tivesse participado daquele concurso de redação?

5 ideias sobre “2000: o ano que eu vim a chamar de UN year!

  1. MDBrauch

    Não foi uma pergunta meramente retórica, tá? Se alguém se sentir convidado, que por favor responda: e se…? Ou comente sobre alguma situação “e se…?” na sua vida! 😉

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  2. Angélica

    Vou tentar responder a tua pergunta. Olha, eu acho que “SE tu não tivesse participado daquele concurso de redação” teria surgido outra “oportunidade”… Acredito que o que é pra ser vai ser 😛 :*

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  3. avassaladora romântica

    então tu não terias participado, oras! :Psei lá, não gosto de ficar pensando nas coisas que aconteceriam se eu não tivesse feito isso ou aquilo, até porque agora já era, né?! se eu lembrar de algo, volto aqui pra comentar, guri Bartin. agora, não lembro.e finalmente deu pra comentar aquiiiiii aeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee!!!3 vezes até tinha tentado :P:*

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  4. MDBrauch

    Não sei, tenho dúvidas sobre outras oportunidades. A chance às vezes é ali, naquele momento, ou nunca mais – pelo menos, nunca mais a mesma chance! Posso estar errado! E é claro que o que passou tá no passado, mas é que o caminho pode ser tão maluco que vale a pena ser reconstruído, só pra ver como se chegou onde se chegou. 😉

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  5. Pingback: Uma manhã em Amsterdã | Martin D. Brauch

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