O último recesso

Como é fácil ficar sem postar… muito mais fácil que manter a postância, sem dúvida! Agora, vamos e venhamos: nos últimos dias a coisa não foi mole, então estou plenamente justificado (eu sempre aceito minhas próprias justificativas, porque são sempre tão convincentes!). Tive três provas semana passada e a última ontem, pra hoje finalmente entrar no tão-esperado recesso de inverno, tanto no Direito quanto na pós em Direito Ambiental. É hora de dizer basta, pelo menos até o fim do mês, e pelo menos quanto a aulas, provas e seminários. No mais, pouco muda: monografias por traduzir ou finalizar, artigos por escrever, livros por ler e estudar. E ¡viva la vida!

O interessante é que desde o último post se completaram muitos marcos do ano. Já se passaram três meses do fim do meu estágio nas Nações Unidas, que também durou três meses – ou seja, a distância a que estou dessas minhas (últimas) memórias (mais felizes) é tão grande quanto a própria duração dessas memórias, o que é gravíssimo, mesmo sem eu saber explicar direito por quê. Além disso, terminou o primeiro semestre, tanto no calendário civil quanto no acadêmico, e o grande estouro de 2008 ainda não aconteceu pra mim – ou pode ser que se tenha realizado durante os três meses que ficaram pra trás dos três últimos meses e que mesmo assim eu não queira admitir que nada de muito mais vai acontecer ainda em 2008. (Sempre há uma interpretação alternativa!)

Nesse falecido semestre de 2008/1, o mais matado da minha vida acadêmica (mês de março = 25% de ausência no semestre), passei deslizando por tudo sem dificuldade. Ainda que o ano passado tenha sido o quinto dos infernos, infelizmente não dá pra dizer que o último ano da faculdade de Direito seja o paraíso; não por excesso de trabalho… antes o inverso! Nas disciplinas, mais perda de tempo que exigência. De outro lado, enquanto alguns colegas andam às voltas com a elaboração de suas monografias de conclusão, a minha vai muito bem, obrigado: faltam apenas ajustes finais sugeridos pelo orientador. (Bom, é a minha terceira monografia em um ano e meio… eu tinha mesmo que ter aprendido alguma coisa nessa trajetória, né?)

O que mais me alegra nesse recesso de inverno, e até ameniza o fato de que essa época não tá com cara de inverno, é que finalmente tenho não “tempo livre” de verdade (acho que isso não existe), mas sim um pouco de liberdade na alocação do tempo. Não ter de freqüentar aulas tem seu lado maravilhoso. Posso me dedicar mais aos dilemas da vida – ao tratamento do fenômeno 7+2=9, por exemplo. Posso até ir à faculdade, mas pra coisas mais produtivas, como ler, pesquisar e escrever na biblioteca…

Não adianta, mesmo: não consigo ficar muito longe da vida acadêmica. Contei um pouco desses meus planos pro recesso a uma prima que está no início do curso de Direito. Ela me respondeu, não sem um pouquinho de indignação: “ISSO SÃO FÉRIAS?! Eu não quero chegar no fim da faculdade, heeein…“. Mas é assim – pelo menos pra mim é. Depois de quase onze anos de universidade, como costumo brincar (4 na Economia, 5,5 no Direito e 1 em Direito Ambiental!), estudar é o que eu melhor sei fazer, no fim das contas… Meio patético, até.

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