Acordei hoje de madrugada com muita sede. Fui à cozinha e, ao beber um copo d’água, espiei pela janela. Uma camada de branco sobre o parapeito me surpreendeu. Neve? Em Porto Alegre? Em dezembro?
Corri para pegar o celular para registrar em foto e enviar para toda a família e para os amigos e postar no Twitter e no blog para compartilhar com o mundo todo (e talvez ser o primeiro a fazê-lo) esse evento espetacular: neve em Porto Alegre em dezembro!
De celular na mão, voltei à cozinha e abri a janela para tirar a foto – ou, antes, para ver se me convencia de que aquilo não podia ser verdade. Mas ao abrir a janela confirmei que era mesmo neve o que eu tinha visto sobre o parapeito. Senti um vento gelado entrar no apartamento. E vi claramente que flocos brancos finíssimos ainda caíam do céu.
Nisso, acordei num susto, pulando da cama. Rápido! A câmera! Demorou uns instantinhos para acordar de verdade. É claro que não estava nevando em Porto Alegre em dezembro. Tinha sido um sonho.
Peguei o celular: 6h da manhã. E apareceu uma notificação de um e-mail enviado pela minha irmã Ca, na Alemanha, recém recebido. Começava assim: “Quando a persiana abriu, Isabel e Felipe [meus sobrinhos gêmeos, de 2 anos] apontaram e disseram: NEVE!”