Tenho escrito com alguma regularidade em 2013, mas em 2012 a coisa andava bem incerta por aqui. Faltou energia, disciplina, assunto, tempo, ou de cada uma dessas coisas um pouco. O ano de 2012 foi, nesse como em outros sentidos, um ano aquém.
Acabou passando quase em branco que eu fui ao Rio de Janeiro em novembro de 2012. Antes de ir, comentei brevemente que iria, para um evento do Alpha. Enquanto estava lá, comentei brevemente que estava lá, e prometi retornar com as reclamações (Reclamar: Vício ou Virtude? era a série de textos que eu estava escrevendo aqui no site naquela época — uma antecipação dos protestos de 2013?), além de relatos e reflexões cariocas.
Retornei a reclamar, mas os relatos e reflexões cariocas nunca se realizaram. Por exemplo, nunca contei que fui ao Rio de Janeiro de tênis e não levei sandálias. “Vou a um evento do Alpha; nem vai dar tempo de ir à praia.” Depois que cheguei à casa da minha amiga e anfitriã Barbara, no Leblon, na véspera do evento, é claro que logo saímos para ir à praia. No caminho, paramos numa banca de revista, onde troquei os tênis por um par de recém-compradas havaianas.
Contei bastante sobre a viagem que fiz no início de 2013 à Índia, onde muito usei minhas havaianas cariocas (que até hoje ficaram com uma cor alaranjada do pó das ruas indianas), mas sem ter antes contado sobre os passeios inaugurais delas no Rio de Janeiro, quando meus pés muito caminharam sobre as calçadas e areias do Leblon, de Ipanema e de Copacabana — e quando mergulhei num oceano de reflexões importantes, mas inconclusas.
No último final de semana, quase um ano depois, voltei ao Rio por alguns dias com minhas havaianas cariocas. Novamente o motivo foi o Alpha e novamente a consequência foram reflexões, em continuação às do ano passado. Desta vez, pretendo concluí-las.
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