O impulso e a inércia

No início havia apenas pretensão literária; depois, com intenso incentivo para escrever, resultaram também alguns frutos. Meus escritos e minha dedicação à atividade, no entanto, não passavam de um mundo só meu, de que ninguém mais participava. Faltava apenas uma oportunidade de tornar pública a minha pretensão.

E, com as portas da minha mente e do meu coração abertas, a oportunidade não tardou: Jornalista por um dia, 1997. O concurso do jornal gaúcho Zero Hora foi a primeira vez que eu, aos 12 anos de idade, tive coragem de encaminhar algum texto à publicação. Devo ter mandado duas ou três redações, mas a escolhida pelos editores do jornal foi a do post anterior.

Além da publicação do texto em edição de feriado (12 de outubro) de jornal de circulação estadual, tive a oportunidade de visitar as instalações da Zero Hora em Porto Alegre e ter um primeiro e único contato com os demais contemplados. Tendo a pensar nesse concurso como o impulso inicial para uma dedicação mais séria à redação. Um estado inercial diferente foi estabelecido.

Com um pouco mais de maturidade, surgiram outras oportunidades de publicação. Em 2000, com o estímulo de excelentes professoras do CEFET-RS, escrever para concursos de redação passou a ser corriqueiro. Com uma semana de antecedência, participei de um promovido pelo Rotary Club de Pelotas sobre a Independência do Brasil. Fui, escrevi e venci, um segundo lugar irresignado, mas ainda assim com dignidade: “tudo bem, pelo menos ganhei um Aurelião”. (Auto-exigente, eu?) Um mês depois, conquistei o primeiro lugar, com publicação em livro, em concurso de composições escolares para uma campanha da UNESCO.

Lamento não ter mantido contato com nenhum dos outros ganhadores do concurso Jornalista por um dia de 1997. Será que para eles o concurso foi tão importante como para mim, em considerações de longo prazo? Jornalismo, para mim, passou a ser uma opção, mesmo que eu nem suspeitasse disso naquele momento…

A tentação de apressar essa narração desconexa é persistente, mas não posso trair meu propósito ao contar minha história: ruminar cada detalhe, para chegar com um mínimo de certeza a entender por que e de que forma eu hoje sou quem sou. Pouco a pouco, chego lá. O impacto maior ainda estava para acontecer, no fim daquele mesmo ano…

5 ideias sobre “O impulso e a inércia

  1. Flávia

    POde crer Martin!achei bem legal teu blog!! continua escrevendo sim que sempre que eu puder venho comentar.. hehebjaoo

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  2. Anelise

    Maninho! Fico muito feliz por perceber que voltaste a escrever. 🙂 Tens talento pra isso!Beijos (muitos) e votos de sucesso (mais). Ane.

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  3. Angélica

    Martin! eu não sabia dessa história da ZH!! Parabéns! (só um pouco atrasado… hehehe)bah… eu imagino a felicidade q tu deve ter sentido 😀 Pq mesmo não continuas com a facul d jornalismo? :S abraço!

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