Arquivo da categoria: vida acadêmica

Acadêmico

Mais uma vez, devo agradecer pelas cobranças de atualização no blog. É bem provável que desta vez tenha batido o recorde de não-postância. Entretanto, muito embora eu funcione melhor sob pressão, ultimamente, no caso do blog, a pressão não tem sido eficaz (como se pode observar no histórico recente do arquivo de posts!). E existe um só e simples motivo: estou acadêmico. Muito tenho lido, estudado, pesquisado, escrito. E tenho tido prazer – como nunca, talvez – nessas atividades.

Com o fim das minhas pseudo-férias, deparei-me com o sétimo semestre da Economia. Além de ser o “último” (ao menos o último com aulas presenciais, porque no oitavo só restará redigir a monografia), o semestre promete ser interessante e, sobretudo, desafiante. Cadeiras difíceis, professores exigentes. Eu amo um desafio. E o Direito, embora com relativamente menos exigências, está pouco a pouco chegando ao fim. Esgotam-se paulatinamente minhas oportunidades de aproveitar meus cursos de graduação. Não que eu não tenha feito isso até agora – é que começa a bater um certo saudosismo precoce.

Então, este é um pedido de desculpas, mas não chega a ser um pedido de perdão, porque acredito que ninguém possa me acusar, dizendo que estou fazendo a coisa errada. Não estou encerrando o blog, nem me eximindo do compromisso de postar de vez em quando; estou prometendo postar menos. Um desestímulo ao leitor? Talvez. Mas eu sinto que isso (postar menos) é o que eu preciso fazer, pelo menos por enquanto. Existe uma certeza: quanto mais (academicamente) produtivo eu me sentir, mais vou ter vontade de postar aqui. Enquanto esse sentimento não vem, preciso resolver umas pendências, tirar uns atrasados.

[Este post REALMENTE precisa de comentários!]

Férias, sim; folga total, não!

O inverno de 2006 em Pelotas, com temperaturas persistentes acima dos 20 graus, chuva escassa a ponto de haver risco de racionamento de água e mosquitos que não morrem, é uma ilusão, pelo menos até agora.

Da mesma forma, minhas férias de inverno são uma ilusão. Primeiro: o calendário da UFPEL é tal que as férias na Economia começam no dia em que recomeçam as aulas do Direito, que começaram (oficialmente) hoje. Depois porque, mesmo já em férias parciais, a correria é tanta que o clima de fim de semestre parece não ter acabado com a última prova. Continuam trabalhos e pesquisas na Economia, provas de francês, envolvimento no projeto de assistência jurídica, leituras atrasadas.

Férias (naquela acepção estrita da palavra: folga total) não existem mais para mim desde o ensino fundamental, eu acho. Mas talvez isso se dê exclusivamente por culpa minha. A minha auto-exigência de produtividade não me permite parar. Segundo um amigo, eu seria um workaholic. Talvez eu seja um pouquinho hiperativo, mas workaholic, acho que não. E não penso em diminuir o ritmo antes de surgirem problemas cardíacos (improvável, conforme recentes exames médicos).

As idéias continuam fervilhando. Planos novos vão sendo feitos – e vou lembrando dos antigos. A vida segue no mesmo passo – e, enfim, não há mal nenhum nisso. As (pseudo-)férias demonstram a bobagem inequívoca daquela idéia de que o dia deveria ter mais de 24 horas. Não adianta: por mais que se desocupem muitas dessas horas, habitualmente destinadas a outras atividades, o dia continua curto para tudo o que gostaríamos de fazer. Ainda bem.

Ostinato

A maratona de estudos desta semana não me impediu de ouvir online, uma hora ou outra, a Rádio Canadá Internacional. Como estou estudando francês (ouvir rádio em francês é útil), e como morro de saudades do Canadá (ouvir rádio em francês é agradável), ouvir rádio em francês une útil e agradável.

Só que uma música acabou tirando minha concentração: a Valse d’Amélie, da trilha sonora do prestigiado filme francês O Fabuloso Destino de Amélie Poulain (2001). O filme, quem já viu sabe, é a coisa mais querida; mais do que isso, um alívio para os cansados da previsibilidade hollywoodiana. Uma fuga da rotina.

A trilha sonora, por sua vez, tem a delicadeza da própria Amélie. A orquestração (três instrumentos, basicamente: acordeon, piano, violão) e as melodias são simples, o que não quer dizer que sejam simplórias. Nessa simplicidade, aliás, é que está a riqueza da arte. O mérito do gênio (dependente, claro, do exercício de sua técnica) está não na realização do inimaginável e do complexo, mas na expressão do básico e do óbvio, de forma original, antes que qualquer outro o faça.

O francês (homenagem aux Bleus?) Yann Tiersen é o compositor de todas as músicas da trilha sonora de Amélie, bem como da de outro belo filme, o alemão Good Bye Lenin! (2003). Escutando mais de sua apaixonante obra, observei o uso recorrente do ostinato. Essa palavra vem do italiano (homenagem à Azurra?) e significa teimoso, obstinado.

Na música, ostinato é a repetição de motivo ou frase musical. De forma bastante peculiar na música de Tiersen, o ostinato produz um ritmo viciante (não vicioso!), marcado, impositivo; parece até que dita o pulso da vida. Conjugado a esse efeito, o jogo que o compositor faz com os mesmos acordes dá ao conjunto da obra um ar de “variações sobre um mesmo tema”. Nada mais adequado para traduzir em música a rotina de funcionamento do próprio mundo.

Também, nada mais adequado para traduzir a minha rotina (não só nos últimos dias): frenética e invariável. Obstinada, como Yann Tiersen – ou pelo menos como a sua música. Aliás, a própria trilha sonora que escolhi para este blog (Unwritten, de Natasha Bedingfield) tem um ostinato; persiste do início ao fim, com um violão que repete insistentemente a mesma linha melódica.

Felizmente, obstinação ou ostinato não implicam em chatice ou monotonia – nem na música (vide exemplos de Yann Tiersen e Natasha Bedingfield) nem na minha rotina. Basta viver com gosto pelo previsível, sem, porém, fechar-se ao inusitado, que sempre encontra suas oportunidades.

Agora que passou a parte dura da maratona de fim de semestre, minha rotina não se interrompeu (ainda tenho aulas, trabalhos, provas…), mas me abriu um espaço para o não-usual: eu vou compor. Não sou um compositor genial aos olhos do mundo – talvez apenas na minha própria concepção de genialidade, que expus acima! Ainda assim, será minha pequena transgressão à rotina. Não se descarte, entretanto, a possibilidade de que a composição contenha um ostinato.

Pra ver a banca passar: a primeira batalha

A banca de revisão daquela prova de Direito Civil que fiz há dez meses foi ontem à noite. Participaram da banca o professor que aplicou a prova com a questão controvertida e mais outros dois: um professor meu e outro com quem nunca tive aula.

No ano passado, quando da entrega da prova, tentei convencer o professor a anular a questão sem a necessidade de uma “discussão contenciosa”, mas não adiantou muito. Então decidi levar adiante: pedir vistas de prova, elaborar argumentação, sustentá-la perante a banca. Uma trabalheira.

Mas há a idéia da luta pelo Direito. Por mais que no fim das contas o benefício que se busca através do Direito seja inferior ao desgaste sofrido no caminho processual até a sua obtenção, não importa: a sensação de direito violado impele o lesado a buscar a justiça. “A Luta pelo Direito”, aliás, é título de um livro do jurista Jhering. E eu vim a ler esse livro justamente porque, no primeiro ano, fiz uma resenha a respeito dele, como requisito parcial de avaliação em disciplina do mesmo professor que me aplicou a prova que vim a discutir na banca de ontem! (Ironia na vida, pra que, mesmo?)

Contudo, é preciso deixar bem claro que, desde a origem eu já achava muito absurda a idéia de reunir uma banca de professores de Direito (como se ninguém tivesse nada mais útil a fazer – nem eles nem eu) para discutir uma questão tão elementar… de gramática. Toda a controvérsia estava em uma só palavra complicada, que cai por terra muito facilmente: “deve”. E a questão era objetiva, de falso ou verdadeiro. É bom lembrar, para o bem da lógica, que o verdadeiro (que pode ser enorme, de várias facetas, cheio de virtudes, lindo, maravilhoso e perfeito), se somado ao falso, não dá noutra – vira falso. O falso contamina todo o resto. Foi justamente isso que aconteceu na questão discutida, que o professor pretendia que fosse verdadeira. Para mim, não era.

E não era, mesmo. E os outros dois professores da banca apoiaram minha sustentação. Espero que o professor que elaborou a questão também tenha, no fim das contas, percebido o erro e concordado. Afinal, mesmo o sábio Aristóteles já reconhecia que herrar é umano.

Com isso tudo, junta-se à minha coleção mais uma história feliz pra contar aos netinhos que eu dificilmente virei a ter: a banca atribuiu à questão valor integral e, por isso, obtive nota máxima. (Sim, eu estava com 9,5 antes disso! Eu não disse que era mesmo uma questão de luta pelo Direito?)

Já me senti um pouco melhor com relação às tentativas de castração que o Direito me tem aplicado. Vou impor valor ao que eu tenho a dizer. Já garanti em post recente aqui no blog: quem vai vencer sou eu. De batalha em batalha.

Je me souviens

Acabo de voltar da minha palestra na Faculdade de Letras da UFPEL: Je me souviens : un séjour au Québec (“Eu me lembro: uma estada no Quebec). Falei das minhas experiências na melhor viagem da minha vida, na oportunidade em que me apaixonei profundamente pelo Canadá. Falei sobre as razões por que fui ao Canadá, as minhas atividades lá, os lugares que visitei.

Que cara de pau! Eu, ministrando uma palestra na universidade, em francês, na presença de professoras… Eu, que estudo francês (formalmente) há menos de um ano… Haja coragem! Mas, falando em uma língua que amo sobre uma vivência incrível, tratando de um assunto (mudanças climáticas) que tanto me interessa, eu me senti tão bem! Até me esqueci do nervosismo e das dúvidas e da desenvoltura incerta. Acho que só agora, chegando em casa, é que me dei conta da loucura que acabei de fazer.

E, para acabar com o meu encanto, tenho o firme auxílio de uma boa dose de realidade: preciso estudar para uma prova de Direito Civil. Direitos de vizinhança. Condomínio. Castração da própria alma. O Direito é, por vezes, o incansável perseguidor da minha poesia. Parece que se esforça por silenciar aquela musiquinha que não pára de cantar aqui dentro de mim. 

Mas quem vai vencer sou eu.

Banca, eu?

Ao chegar em casa da aula no Direito, ontem, recebi o recado de que ligaram de lá mesmo, da Faculdade, chamando para uma banca. Que banca? Do trabalho de conclusão é que não pode ser – pra isso ainda faltam dois anos. Só podiam ter ligado para a pessoa errada… (Se bem que seria ótimo se eles decidissem me formar mais cedo!)

Fui à secretaria da Faculdade, hoje pela manhã, para tirar satisfações sobre a tal banca. Acontece que é comigo mesmo. Eu já nem me lembrava disso, mas em agosto do ano passado (!) pedi revisão da primeira prova de Direito Civil do ano – e agora, uns dez meses depois, fui chamado para fazer a defesa da minha argumentação perante uma banca. É uma ótima oportunidade para reestudar Direito Civil 2, especificamente sobre um conteúdo a respeito do qual fiz prova há cerca de um ano

Mas é também uma boa oportunidade de escrever acerca das manias e maneiras dos professores quanto à reavaliação de questões controversas nas provas. É nos períodos de publicação de notas (estou passando por um!) que se confirma (ou não) o profissionalismo do professor. Esse assunto renderá, sem dúvida, um post – e excelentes comentários complementares. 😉

A semana-piada

Mais uma pra série universitária! (E olha que a semana mal começou…)

Manhã de segunda-feira

Um dos professores já tinha avisado que não iria; o outro mandou avisar na hora, mesmo. Não houve aula.

Noite de segunda-feira
Trabalhos da Economia para fazer em casa, além da maldita invenção do ensino à distância. Não houve aula.

Manhã de terça-feira
Conforme tinham avisado na tarde da véspera, os professores não compareceram. Não houve aula.

Noite de terça-feira
Faltei transgressiva e voluntariamente (eufemismo, claro) a primeira aula, mas na verdade foi “crime impossível”, porque não houve a primeira aula. Era o dia da aula inaugural do Instituto, e eu tinha esquecido. E a aula inaugural invadiu também o período da segunda aula. Como cheguei tarde, o auditório estava lotado – e nem pude entrar. (Ao menos para mim) Não houve aula.

Manhã de quarta-feira
No primeiro período, prova de segunda chamada. Como tinha feito a prova em primeira chamada, uma semana antes, estava dispensado. Só cheguei no segundo período. O professor teve de sair mais cedo e falou apenas por cerca de 45 minutos. Não houve aula. Só meia-aula.

Tarde de quarta-feira
Houve aula – a primeira aula inteira da semana.

Noite de quarta-feira
Cheguei à sala de aula da Economia: ninguém, tudo escuro. Perguntei à secretária pelo professor. “Não, ele não vem hoje”. Não houve aula.

Manhã, tarde e noite de quinta-feira
Feriado nacional. Não haverá aula.

Manhã de sexta-feira
Os colegas combinaram na manhã de hoje, quarta-feira, na primeira (meia-)aula da semana, que não viriam à aula na sexta-feira próxima. Feriadão declarado pelos próprios alunos. Não haverá aula.

Tarde de sexta-feira
O próprio professor sugeriu hoje à tarde, na primeira aula inteira da semana, que não fôssemos à aula na sexta-feira à tarde, oficializando o feriadão que clandestinamente já fora declarado. Não haverá aula.

Noite de sexta-feira
Ensino à distância, de novo. Não haverá aula.

Desgastes e desgostos da socialização universitária

Fiquei tão feliz comigo mesmo depois do meu último post, em que finalmente consegui publicar algo a respeito de um assunto totalmente aleatório – mas a minha alegria se esvai hoje, porque não posso mais resistir à inquietação que tenho desde ontem por escrever sobre um assunto conexo ao do último post. Não adianta, eu sou mesmo uma pessoa temática. E o meu blog segue meu padrão. A verdade é que uma coisa leva a outra: escrevo sobre um assunto e, por isso mesmo, acabo refletindo mais profundamente sobre assuntos afins. Ficou para outro dia a façanha de publicar neste blog posts solo, sem cada vez dar início a uma seqüência ou novela.

Sábado eu fui a uma festa de aniversário de uma colega da Economia. Ela é uma guria muito querida, e tal, e os colegas também são muito legais, e tal. Fui convidado e não pude deixar de ir. Mas foi aos moldes dos churrascos da turma. E os churrascos da turma (tanto no Direito quanto na Economia) têm moldes que me irritam.

Não é porque não sei dançar pagode (!) nem porque não gosto de cerveja (!) nem porque não vou a festas pra caçar ou ficar (!) nem porque sou vegetariano (explosão!). Estaria muito feliz em uma festa, sem dançar nem beber nem caçar nem me alimentar – pra mim vale por si só a socialização. Eu sou uma pessoa socializante. O problema está no contexto. Não é meu tipo de diversão, nem de socialização. Prefiro muito mais jogar conversa fora com colegas e amigos – ou jogar algum jogo de tabuleiro – ou jogar boliche – ou ver um filme – ou sair pra comer uma pizza ou um queijo-quente do Sanata (essa é só pra pelotenses!). O que me importa é que todos estejam sóbrios. Taí um grande problema meu: sou um dos poucos que se colocam contra a ebriedade em um meio de pessoas que não estão nem aí e que acham que o bom, mesmo, é ficar bêbado, borracho, pra lá de Marraqueche.

Um tempo atrás eu desisti: simplesmente deixei de ir a churrascos de turma. Assumi que a coisa não faz minha cabeça. Mas existe a insistência… Tem vezes que não resisto à pressão e vou – e fico lá, perdido. É tudo muito vazio de sentido, superficial, alucinado. Chega a ser um mundo paralelo cheio de vazio. Não se encaixa na minha lógica. No fim das contas eu acabo voltando, desgastado, aos meus desgostos.

Formatura e dilemas

Na manhã de ontem foi marcada a data: 23 de janeiro de 2009 (!!!) será minha formatura no curso de Direito. [A propósito, estão todos convidados!] Faz pouco que se iniciou a segunda metade do curso, mas até se pode dizer que a data não foi marcada tão cedo assim. Em geral, a primeira coisa que os bixos do Direito fazem é preparar as fotos para o quadro de formatura…

Brincadeiras (com sua boa dose de crítica) à parte, a discussão sobre a data e sobre o reajuste na mensalidade da associação da turma me deu até nó na garganta. Eu já fui, aliás, secretário da associação – felizmente hoje estou livre disso e consciente de nunca mais assumir esse tipo de obrigação! O que acontece hoje é que estou muito mais inclinado a uma formatura de gabinete do que a um megaevento do trinômio colação-recepção-baile.

Surpreendentemente, não estou muito disposto hoje a uma argumentação longa. Os argumentos são tão patentes que parece redundante apontá-los, mas vamos lá, de forma breve. Em primeiro lugar, não será minha única nem primeira formatura (a Economia vem antes). E por derradeiro lugar (aliás, só este argumento já basta!), juntar cerca de mil reais (em não-tão-suaves prestações mensais pagas à associação da turma), para gastar em uma só noite, é quase um absurdo sob o ponto de vista pessoal. Aliás, não só pessoal – também distributivo ou social. Eu preferiria empregar os sessenta mil reais (R$ 60.000,00, pra visualizar melhor) que a turma como um todo vai juntar para fazer o espetáculo na compra de uma casa para quem realmente precisa – ou qualquer outra coisa que não me pareça tão fútil e efêmero.

Por que as formaturas precisam ser megaeventos? Por que não fazer cerimônias mais modestas? Tudo bem, é ótimo para as produtoras e, por isso mesmo, para a economia. E é evidente que esse é um momento especial na vida das pessoas – na minha vida também será, por óbvio. Mas será inesquecível de qualquer forma… Todo esse circo vale a pena?

Ah, é mesmo… eu tenho um blog!

É claro que não surtei de vez a ponto de esquecer que tenho um blog. Não. Tive duas provas horríveis e passei as duas últimas semanas estudando. Ainda vou ter de aprender a privilegiar o blog em detrimento dos estudos. Isso não significa me deitar nas cordas nas faculdades, mas me reservar no direito de também viver além dos estudos! Outra coisa é que outras manifestações artísticas que me têm servido de válvula de escape também atrapalham um pouco ou tendem a continuar atrapalhando.

A primeira delas, que já tem atrapalhado, é o fato de que estou cineasta. Tenho criado animações em vídeo a partir de fotografias digitais. Fiquei orgulhoso dos primeiros resultados, o que é bastante surpreendente, visto que eu sou, via de regra, o mais crítico quanto às minhas próprias realizações. Descobri que fazer vídeos é uma ótima forma de consolidar memórias e também de transmitir recordações aos queridos da volta, sem fazê-los adormecer…

A outra manifestação artística, que tende a atrapalhar esse blog, são minhas aulas de flauta. Voltar a estudar um instrumento musical é algo que invariavelmente tinha de ocorrer nessa fase de auto-reestruturação. Pode atrapalhar um pouco o blog, na medida em que vou precisar de tempo de prática de flauta, mas estou certo de que vale a pena. Fiquei feliz só de aspirar a atmosfera carregada do Conservatório, na minha primeira aula, ontem… Estou retomando o que importa na minha vida.

Até por isso é que, depois da correria de provas (que reinicia daqui a vinte dias…), retomo o blog. Peço desculpas pela inércia passageira. Por um lado, foi bom saber que tenho uns poucos leitores fiéis que vêm ao meu blog procurar algo novo – e até notariam se eu tivesse desaparecido da face da Terra. Obrigado! 🙂