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Prospekt’s March

Esses dias já anunciei o novo álbum do Coldplay, disponibilizado na Internet, e agora preciso admitir, sem querer transformar o blog num fã-clube, que estou viciadinho no anterior, Prospekt’s March, principalmente em duas faixas.

Primeiro, Rainy Day. Acho que me identifiquei com a melodia frenética e o instrumental meio desengonçado (“musiquinha de videogame”, como li em algum lugar por aí).

A outra é Glass of Water, e nesse caso o motivo do meu agrado é bem simples e facilmente explicável: esses dias me dei conta de que o refrão é em compasso setenário. Pode conferir, contando as batidas de 1 a 7. Amo essas coisas raras.

Para não dizerem que vejo um lado só da coisa, leiam também a opinião de alguém que não gostou mesmo de Prospekt’s March. Bem longe de concordar que o EP esteja tão ruim assim, acho no mínimo muito bem justificada (comercialmente) a estratégia de lançá-lo logo após Viva la Vida, o qual vendeu simplesmente muito.

No fundo, esse sucesso todo me irrita um pouco. Antes mesmo do lançamento do álbum eu já tinha escolhido Viva la Vida como música de formatura, e aí de repente ela inventa de estourar e de entrar em CD de novela das oito, e aí de repente o mundo inteiro resolve virar fã do Coldplay… só pra me imitar. Não gosto dessa perseguição.

LeftRightLeftRightLeft by Coldplay

De hoje até o fim da turnê 2009, Coldplay disponibiliza para download gratuito o álbum ao vivo LeftRightLeftRightLeft. Imperdível. Dizem eles que é um agradecimento aos fãs… De nada! Já baixei, claro.

Tem algumas coisinhas bem “pop”, que estouraram nas rádios, desde a antiguinha Clocks (A Rush of Blood to the Head, 2002), passando pela intermediária Fix You (X&Y, 2005) e chegando na recente Viva la Vida (Viva la Vida, 2008). Também vale a pena por outras coisinhas menos “pop”, mas com uma sonoridade bem agradável, como Glass of Water (mais recente ainda: Prospekt’s March, 2008).

Duas dúzias incompletas

Em fevereiro fui com minha irmã Lu e alguns amigos a um show da Alanis Morissette em Porto Alegre. A verdade é que eu conhecia pouco de Alanis – pouco além do básico, que a maioria das pessoas já ouviu na rádio –, embora já gostasse do pouco que conhecia. Comecei a ouvir mais e a gostar ainda mais por causa do show.

E foi assim que ouvi pela primeira vez Incomplete, a última música do último CD da Alanis, Flavors of Entanglement. Se por um lado a música fala do incompleto, por outro ela está repleta de significado. A letra me encantou tanto – tudo a ver com coisas que tenho pensado e vivido – que resolvi fazer uma paráfrase, contendo minha interpretação e a expressão do tanto dessa música que absorvo como sentimentos meus, iguais ou análogos.

Tenho preparado a reflexão a seguir nas últimas semanas, de a pouco, mas resolvi deixar para postá-la só hoje, véspera de completar duas dúzias de anos de vida – um dia perfeito para colocar no ar algumas conclusões incompletas acerca da minha própria incompletude.

* * * * *

Duas dúzias incompletas

Um dia,

serei um bom amigo,
e conseguirei retribuir à altura a amizade dos bons amigos;

serei autoconfiante,
e não mais me importarei com o que pensam ou dizem de mim;

minha mente estará em paz,
e não mais terei medo da vida e dos seus desafios;

não terei pressa alguma,
e me deliciarei com as experiências da vida, uma a uma;

serei autêntico,
e pensarei, falarei, cantarei e escreverei com plena liberdade;

terei reconhecido meu valor intrínseco,
e serei avaliado para além do meu currículo;

saberei aceitar meus erros,
e serei mais tolerante quanto aos erros dos outros;

serei empático,
e em troca, sem me dar conta, receberei mais simpatia;

estarei curado,
e aprenderei a suportar feridas e a perdoar com facilidade;

estarei pleno de fé,
e isso será perceptível, e aproveitará a todos ao meu redor.

Um dia,
terei o privilégio de encontrar Deus pessoalmente,
e ficarei eternidades conversando face a face com Ele,
e tirando dúvidas sobre tantas coisas que nunca entendi.

Sempre batalhando e crendo,
Sempre arriscando e confiando,
Sempre aprendendo e melhorando,
mas nunca pronto.

Tenho corrido e suado tanto, durante toda a vida, sempre ansiando por uma linha de chegada.

E nesse tempo todo tenho deixado de aproveitar o entusiasmo de ser sempre incompleto.

* * * * *

Para ouvir e ver Alanis cantando Incomplete, aí vai um vídeo do youtube (vale ressalvar que eu prefiro a versão do CD!).

Incomplete

Alanis Morissette & Guy Sigsworth

One day, I’ll find relief
I’ll be arrived
And I’ll be a friend to my friends who know how to be friends

One day, I’ll be at peace
I’ll be enlightened
And I’ll be married with children and maybe adopt

One day, I will be healed
I will gather my wounds, forge the end of tragic comedy

I have been running so sweaty my whole life
Urgent for a finish line
And I have been missing the rapture this whole time
Of being forever incomplete

One day, my mind will retreat
And I’ll know God
And I’ll be constantly one with her – night, dusk and day

One day, I’ll be secure
Like the women I see on their 30th anniversaries

I have been running so sweaty my whole life
Urgent for a finish line
And I have been missing the rapture this whole time
Of being forever incomplete

Ever unfolding, ever expanding
Ever adventurous and torturous
But never done

One day, I will speak freely
I’ll be less afraid
And measured outside of my poems and lyrics and art

One day, I will be faith-filled
I’ll be trusting and spacious, authentic and grounded and whole

I have been running so sweaty my whole life
Urgent for a finish line
And I have been missing the rapture this whole time
Of being forever incomplete

© Sigasong Ltd; Szeretlek

Sete de abril: dia de Telemann

A expressão “Sete de Abril”, pra um pelotense como eu, é sinônimo de cultura: lembra o mais célebre teatro da cidade. Construído quando ainda se escrevia theatro (1831) e tombado pelo patrimônio histórico nacional (1972), é hoje o mais antigo teatro brasileiro em funcionamento (e todo pelotense, em regra bairrista, enche a boca pra dizer isso).

Mas não foi pra lá que fui ontem, Sete de Abril de 2008: foi pra Catedral Anglicana do Redentor, onde se realizou um concerto de música instrumental alemã do século XVIII. O Grupo Instrumentarium, com talentosos músicos brasileiros e argentinos, executou músicas do compositor Georg Philipp Telemann.

Quem? Pois se trata de um dos meus compositores barrocos preferidos! Ele compôs várias peças para flauta-doce, e muitas delas eu já estudei. Sim, eu toco flauta-doce – deveria reservar mais tempo para praticar! Telemann teve a coragem que eu não tenho: abandonou os estudos de Direito para seguir uma carreira de músico. Acabou tornando-se um dos compositores mais ativos da história. Inspirador, não?

De Héro à Zéro

Sentado no banco de trás do carro, atrás do carona, eu estava ouvindo música no MP3 e contemplando a paisagem à minha direita. De repente senti a roda traseira esquerda bater. O carro tremeu, e pensei que tivéssemos atropelado algum animal, ou passado por cima de algum animal já morto no meio da estrada. Meu cunhado Volker, que estava na direção, de imediato parou o carro no acostamento. Foi só então que olhei pra trás e vi um Escort, no mesmo lado da rodovia, amassado contra a cerca metálica de proteção.

Eu não estava entendendo nada… Teria o Escort batido na traseira do nosso carro? Só sei que a Ca, minha irmã, pediu-me para anotar o número das placas e tirar fotos. Só depois de ela chamar a polícia é que me explicou o que tinha acontecido: o Escort que foi parar amassado contra a cerca atrás de nós na verdade trafegava no sentido contrário ao nosso. Na hora de fazer a curva, o condutor do Escort não reduziu suficientemente a velocidade, abriu para a pista contrária (ou seja, a nossa pista!) e acabou batendo de raspão no nosso carro, perto da roda traseira esquerda. Ao literalmente bailar na curva, o motorista perdeu de vez o controle do Escort: derrapou e rodopiou 180 graus, até bater na cerca de contenção do nosso lado da rodovia.

(Que baita exercício de descrição! É dificílimo explicar, por escrito e sem poder gesticular, como aconteceu o acidente. Espero que pelo menos tenha sido possível entender… Questionamentos são bem-vindos!)

Ufa, tudo bem: felizmente ninguém se feriu. No Escort estavam três guris, bem jovens. Eram provavelmente bem amigos: até onde sabemos, não disseram nem mesmo para a polícia qual deles estava conduzindo o carro! Enfim, qualquer que tenha sido o motorista, deverá perder um bom número de pontinhos (ou quem sabe a própria carteira?) e arcar com os prejuízos (próprios e da minha irmã e do meu cunhado!). O fato, porém, é que a situação poderia ter sido muito pior.

Nesse sentido, aí vão três detalhes chocantes:

Primeiro: como disse o Volker, a cerca de contenção (cujo conserto, aliás, o condutor imprudente também deverá pagar!) pode muito bem ter salvado a vida dos três. Não fosse por ela, teriam potencialmente capotado barranco abaixo. Nas palavras da Ca: o Senhor mandou vários anjos pra proteger aqueles guris (e também a nós)!

Segundo: uma observação cuidadosa de uma das fotos que eu tirei (e que obviamente decidi postar aqui!) permite constatar que naquela mesma curva, apenas alguns metros à frente do lugar do acidente, há uma cruz de metal. Eu, que vi de perto a cruz, garanto: alguém já perdeu a vida ali.

Terceiro, e mais arrepiante de tudo: no exato momento do acidente, eu estava ouvindo no MP3 De Héro à Zéro, uma música do grupo canadense Projet Orange. A mensagem central da música, pelo menos na minha opinião, é: La vitesse est le jeu des inconscients, isto é, a velocidade é o jogo (ou: a brincadeira) dos inconscientes. A letra traduz a mensagem de alguém que “está morrendo” (morreu, mas não está bem morto ainda?!) por causa de um acidente de carro (“un dernier appel avant qu’on m’enterre”: uma última chamada antes que me enterrem). É de engolir em seco! Encerrando, aí vão o clipe e a letra completa.

De Héro à Zéro

Projet Orange

Hey, j’ai un message à te faire
Un dernier appel avant qu’on m’enterre

L’honneur m’a fait prendre le décor
À près de 200 kilomètres à l’heure

J’aurais bien aimé changer la scène
Mais vois comme la vitesse est meurtrière

Soudain ma vie en éclats de verre
Ma leçon exemplaire, en héritage

Je revois les autres derrière
L’auto qui accélère
Entre le frein et la mort
Il y a le chemin qui se referme et m’entraîne à la fin de mon règne
L’erreur devient de plus en plus claire
De héro à zéro

Moi, dans la féraille à l’envers
Je laisse un dernier souffle et puis rends l’âme

J’espère que tes envies rétrogradent
Celles qui pourraient mettre en jeu tes rêves

Soudain ma vie en éclats de verre
Ma leçon exemplaire en héritage

Je revois les autres derrière
L’auto qui accélère
Entre le frein et la mort,
Il y a le chemin qui se referme et m’entraîne à la fin de mon règne
L’erreur devient de plus en plus claire
De héro à zéro

Demain je fais la une, la première page
Prends-le comme une sérieuse mise en garde

Non comme un jeu qui n’impressionne personne
La scène est bien trop familière

Il n’y a plus de vie à perdre
La vitesse est le jeu des inconscients

Rappelle-toi

Je meurs

Demain je fais la une, la première page
Prends-le comme une sérieuse mise en garde

Non comme un jeu qui n’impressionne personne
La scène est bien trop familière

Il n’y a plus de vie à perdre
La vitesse est le jeu des inconscients

Rappelle-toi

Je meurs

L’erreur est claire

De héro à zéro

Tudo de Mozart

Desde a visita a Viena (ver este post e o início deste outro), minha paixão pela música de Mozart está mais que reacesa. Por mais que algumas peças de suas óperas sejam fascinantes, as composições instrumentais dele são o que mais me encanta, talvez porque eu seja em geral muito mais adepto a concertos, sinfonias e afins que a óperas e cantorias líricas.

A dica de mestre do post de hoje é este site, de onde se pode (legalmente!) fazer o download da obra completa de Mozart. A qualidade é baixa (wma com 32 Kbps), mas até que serve bem para ouvir no MP3. Sim, já baixei umas quantas músicas e já mudei de novo a trilha sonora tudo de Bonn!

Trilha sonora tudo de Bonn

A galera do Departamento Jurídico saiu em massa ontem para um encontro só pra staff e, como eu tecnicamente não sou staff, acabei abandonado no sexto andar do Secretariado. O silêncio assustadoramente anormal me induziu a levar a cabo uma nova experiência: ouvir rádio no escritório.

A coisa foi meio estranha, porque só tenho alto-falantes dentro da minitorre do computador, mas no fim deu certo. Sintonizei (rádio online se sintoniza?!) a Classical KUSC, uma rádio do sul da Califórnia que gosto de ouvir trabalhando porque só toca música erudita. É a trilha sonora ideal: posso escutar baixinho, sem incomodar ninguém, e assim ganho um pouco de inspiração pra escrever meu paper.

Falando em trilha sonora, quando estou solito na rua às vezes eu ouço rádio no MP3 player; tem a BFBS (British Forces Broadcasting Service) e rádios alemãs com notícias compreensíveis até certo ponto (tudo bem, a culpa é minha) e programação musical razoavelmente boa. Porém, naqueles momentos em que simplesmente nada presta na rádio, o que acontece seguido comigo aqui como no Brasil, acabo me voltando à seleção de músicas em MP3/WMA.

E, como ontem estava no ritmo de novas experiências musicais, também resolvi reorganizar minha seleção musical. Tirei um pouco da pop music comercialzinha enjoativa e acrescentei uma pitada de música gospel em inglês (tudo bem, a culpa continua sendo minha). E mantive o electrotango. Além de me trazer lindas recordações de la Argentina, é uma batida que tem tudo a ver com cidade e movimento e auto-estima. Pelo menos pra mim. Quando caminho pela rua ouvindo electrotango me sinto uma celebridade internacional – e agora que tenho um corte de cabelo europeu isso tende a ficar ainda mais grave. Haha…

Voltando à seleção musical pra finalizar: o que ainda falta é Beethoven. Até tenho algumas dele aqui, mas bem menos que deveria; afinal, ele nasceu em Bonn, e nada poderia ser mais culturalmente adaptado da minha parte do que me embalar numa trilha sonora de um “artista local”!

Die Welt ist weit geworden

Vindo pro Secretariado ontem, ouvi na rádio uma música em alemão. Gostei muito da letra, de que, aliás, entendi boa parte (pra minha própria surpresa!): “Die Welt ist weit geworden”. Googlei pela letra, mas não a encontrei completa em parte alguma. Só achei neste site o seguinte fragmento:

Die Welt ist klein geworden, so winzig klein geworden,
Ein schöner Ball mit dem Du gerne spielst.
Sie ist ganz Dein geworden und allgemein geworden.
Und wartet ab wohin Du mit ihr zielst

Olhei bem pro site onde encontrei essa estrofe, e vi que tinha a maior cara de site de amador, e pensei… vou escrever pro cara pedindo a letra! Não tenho nada a perder! No pé da página tinha uma nota de copyright com o e-mail do webmaster; logo vi que deveria ser holandês (e-mail com final “.nl”). Então, pra tirar a ferrugem do meu holandês…

Hahaha, até parece! A única coisa que eu sei falar bem direitinho em holandês é “Goedemorgen” (preciso dizer o que significa?) e “Scheveningen” (o nome da praia que fica perto de Den Haag). Ah, claro, outra coisa que eu sei falar: Den Haag (A Haia), a cidade onde fica o Palácio da Paz.

Voltando ao assunto: escrevi (em inglês!) um e-mail pro holandês, dizendo que eu tinha gostado da música, e que talvez ele pudesse me mandar a letra completa… e não é que ele me respondeu?! Infelizmente foi pra dizer que letra está em alguma das caixas que ele guardou no porão, e ele nem sabe com certeza qual! Mas me prometeu que, se um dia encontrar, manda a letra pra mim. Na assinatura automática do e-mail tinha até o endereço dele; eu poderia visitá-lo e procurar a letra nas caixas do porão. Agora tenho mais um motivo para ir à Holanda! De qualquer forma, acho que seria muita escalação da minha parte… ou será que não?

P.S.: Esta semana foi a mais rebelde em termos de planejamento na história do BdG, porque, muito embora eu tenha planejado em várias ocasiões o assunto de cada um dos “posts do dia”, acabei sempre escolhendo outro assunto! Só pra não fugir à rotina: preciso sair correndo pra pegar o ônibus… Volto segunda-feira com mais novidades, já que este findi estarei num retiro de um grupo de juventude mirim (Jumpec auf Deutsch!?) que minha irmã e meu cunhado coordenam na igreja deles. Até!

Sobrevivente

Desta vez eu me puxei na “paradinha de uma semana” desde a terça-feira de carnaval. Mas não vou pedir perdão, porque eu tenho suficientes desculpas para não ter postado ao longo de todo esse tempo. Por óbvio, a idéia de posts retroativos está rejeitadíssima, porque a essas alturas isso seria humanamente impossível. E, ao contrário do que alguns pensam, não sou alienígena. Mas pra justificar meu sumiço vou fazer uma breve retrospectiva. Breve. Prometo que consigo.

Neste meu último semestre no curso de Economia, a Universidade resolveu exigir cadeiras que, até então, diziam ser eletivas. E a exigência veio depois do período de matrículas, quando já não há muito o que fazer. Aí é pra enlouquecer qualquer um, né? E foi exatamente isso que aconteceu – enloquecemos, meus colegas e eu. (…) E essas reticências significam intermináveis MESES de sangue e suor e negociação com a coordenação do curso, a pró-reitoria de graduação, os registros acadêmicos, até a reitoria… em um processo administrativo que finalmente garantiu a oferta das disciplinas faltantes. Apesar dos percalços, tudo se resolveu.

Só que pra me formar, além das cadeiras, faltava a monografia. Primeiro, tive de traduzi-la (pra quem lembra, foi escrita originalmente em espanhol!) e finalizá-la. Tudo certo. Dia 30 de julho, fui aprovado (yay!), depois de uma banca de duas horas. Mas não foi uma tortura. Ao contrário – foi uma das minhas melhores experiências. Os professores elogiaram bastante o trabalho e eu não tive dúvidas de que valeu o sacrifício.

Mesmo enquanto ainda não tinha certeza de que as disciplinas faltantes seriam oferecidas e de que eu poderia me formar em 2007/1, eu me candidatei a uma pós-graduação: Especialização em Direito Ambiental, a área que eu pretendia seguir, desde que entrei no curso de Direito. E passei. Aí tive de pedir uma formatura interna às pressas (pra fazer pós-graduação, há quem diga que precisa ser graduado). Então tá, desde terça-feira sou Bacharel em Economia. E a matrícula na pós é hoje à tarde. Ufa…

Quando voltei supermegafeliz voltando da Argentina, nunca imaginei que tudo isso poderia acontecer em um só semestre, e um semestre tão decisivo. Nesse período eu li Hard Times, de Charles Dickens. E me parecia claramente que eu estava descendo a escadaria da Sra. Sparsit: a mighty Staircase, with a dark pit of shame and ruin at the bottom (“uma grandiosa Escadaria, com um escuro poço de desonra e ruína na sua base” – tradução livre).

Mas agora eu posso, finalmente, voltar a respirar tranqüilo. Nem acredito que consegui interromper a descida antes de chegar ao poço. Sobrevivi. E sou muito grato a Deus por isso – não teria sobrevivido não fosse pela força dEle. Por isso, quero reinaugurar a atividade de postagem neste blog-fênix com o meu LOUVOR reproduzindo um hino que a minha irmã Lu me apresentou um dia desses. É em inglês, mas já estamos trabalhando em resolver esse probleminha, né, Lu? 😉 Fabi, vamos cantá-la quando eu voltar ao coro? 😀 (Quem tiver banda larga está FORTEMENTE aconselhado a ouvir aqui uma linda versão da música!)

In Christ Alone

Letra e Música: Keith Getty & Stuart Townend

Copyright © 2001 Kingsway Thankyou Music

In Christ alone my hope is found;
He is my light, my strength, my song;
This cornerstone, this solid ground,
Firm through the fiercest drought and storm.

What heights of love, what depths of peace,
When fears are stilled, when strivings cease!
My comforter, my all in all—
Here in the love of Christ I stand.

In Christ alone, Who took on flesh,
Fullness of God in helpless babe!
This gift of love and righteousness,
Scorned by the ones He came to save.

Till on that cross as Jesus died,
The wrath of God was satisfied;
For ev’ry sin on Him was laid—
Here in the death of Christ I live.

There in the ground His body lay,
Light of the world by darkness slain;
Then bursting forth in glorious day,
Up from the grave He rose again!

And as He stands in victory,
Sin’s curse has lost its grip on me;
For I am His and He is mine—
Bought with the precious blood of Christ.

No guilt in life, no fear in death—
This is the pow’r of Christ in me;
From life’s first cry to final breath,
Jesus commands my destiny.

No pow’r of hell, no scheme of man,
Can ever pluck me from His hand;
Till He returns or calls me home—
Here in the pow’r of Christ I’ll stand.